Zacharias Calil questiona falta de vacinas em Goiânia

Na capital, faltam vacinas contra o sarampo em 37 de um total de 68 postos

12 de setembro de 2019 às 10:49

DivulgaçãoO Deputado Federal Zacharias Calil (DEM-GO) aproveitou a presença do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para perguntar sobre a falta de vacinas contra sarampo nos postos da capital goiana. “Notícias de hoje dão conta de que falta vacina em mais da metade dos postos de saúde em Goiânia. Seria importante, em primeira mão, o senhor falar sobre isso”, pediu o parlamentar.

Segundo o Ministro, há um problema mundial de produção de vacinas. Não apenas o sarampo, mas também a vacina pentavalente está em falta. “A fábrica teve problemas na produção de um componente e isso levou a  OMS e a OPAS a suspenderem o abastecimento. Então estamos tendo este problema e teremos, ainda com mais intensidade,  no abastecimento da pentavalente” explicou Mandetta. De acordo  com ele, a situação deve se normalizar a partir de novembro ou dezembro, mas ele garante que o Ministério manterá, em outubro, o foco na multivacinação, principalmente do sarampo, com crianças de 0 a 6 meses.

O Ministério da Saude fez duas aberturas de contas de vacinas, segundo o ministro. “Não é problema financeiro, é de produção. E vacina não deve mais ser comprada a curto prazo, mas para cinco anos porque vamos usar sempre”, afirmou.

Mandetta também disse que é preciso que o parlamento discuta uma saída para a produção de vacinas no Brasil que tenha o porte e a dimensão para abastecer multiplataformas de vacinação. “Temos que buscar para o SUS uma solução mais robusta para a produção de vacinas nas Américas.”

Fake News – Outro questionamento de Zacharias Calil foi sobre campanhas que combatam as fake news e os movimentos antivacina. Segundo ele, isto é extremamente prejudicial para a coletividade de saúde. “Há uma corrente que diz que vacina causa autismo e isso não existe”, combate o deputado.

Para o ministro, o caso das fake news preocupa, mas não pode ser sobredimensionado. Ele explica que há multifatores para a não vacinação, como o desconhecimento das mães sobre os males das doenças.  As mães de hoje não conhecem as doenças. As avós sabem, porque conviveram com elas, então é preciso mais informação para este público”, revelou.

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